Bolsonaro defendia orçamento impositivo quando era deputado
Está formada mais uma grande crise entre os Poderes Executivo e o Legislativo, em virtude da votação da derrubada do veto presidencial sobre o orçamento impositivo. O presidente Jair Bolsonaro rejeitou a proposta aprovada pelo Congresso, que estabelecia um orçamento impositivo de R$ 30 Bilhões, que podem ser “emendados” pelos deputados e senadores – esta foi uma das bandeiras levantadas pelo então inexpressivo deputado federal Jair Bolsonaro. Em vídeo de 2015, que viralizou nas redes sociais neste final de semana, o atual ocupante do palácio do Planalto elogiou o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha, por ter aprovado uma proposta de emenda à Constituição (PEC) que previa o orçamento impositivo. Veja abaixo!
“O que que o parlamentar tem para negociar em Brasília? O seu voto. Esse Congresso ganhou muito em relação ao do ano passado, em especial graças ao atual presidente, Eduardo Cunha, que aprovou uma emenda à Constituição que trata do orçamento impositivo”, disse Bolsonaro na época, em entrevista à jornalista Mariana Godoy.
Em seguida, Bolsonaro usa o mesmo termo que o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno, utilizou para classificar as solicitações dos congressistas ao Planalto: “chantagem”. “Ou seja, o governo não chantageia mais o Executivo para liberar as nossas emendas”, afirma.
Questionado pela jornalista se nesse cenário o Planalto ficaria “refém” dos congressistas, Bolsonaro nega. “O governo não tá refém. O governo tem que respeitar. Nós somos três poderes aqui”, completa.
Língua não é osso mas quebra caroço…