Ministério da Economia que acabar com a Meia – entrada em cinemas de todo o Brasil
Em decorrência da queda de arrecadação com ingressos de valor inteiros – nos últimos três anos, a Agência Nacional do Cinema (Ancine), aprovou uma consulta pública sobre a obrigatoriedade legal da meia-entrada e seu impacto no mercado. Segundo o órgão, quase 80% dos ingressos de cinema vendidos no Brasil em 2019 tiveram preço de meia-entrada.
O Ministério da Economia se manifestou contrário à manutenção do benefício e deixou claro que defende a extinção de todas as regras que o garantem.
Segundo o parecer do Ministério da Economia, do governo Jair Bolsonaro, a meia-entrada distorce os preços e faz aumentar os custos para o consumidor. “Como consequência, os grupos que dela fazem uso (da meia-entrada) são iludidos, pois praticamente não usufruem de benefício algum”, diz um trecho do texto.
A consulta pública que estava aberta até 13 de julho foi prorrogada até quarta-feira da semana que vem (13). Para a Ancine, a ação tem o objetivo de discutir alternativas e apresentar propostas voltadas ao aperfeiçoamento e correção de eventuais falhas nessa política pública, exclusivamente para o mercado de salas de cinema.
Qualquer um pode participar da consulta pública por meio do site do órgão. Basta se cadastrar e responder as perguntas sobre a manutenção da política, a extinção dela ou a possibilidade de se alterar o funcionamento da meia-entrada no país.
Entre os benefícios apontados com a extinção da meia-entrada, o Ministério da Economia indica:
- O aumento da liberdade de ação do exibidor quanto aos preços;
- Redução de custos da parcela da população que paga o ingresso inteiro;
- ‘Sob determinadas condições’ a ação provada pode atingir em algum grau o objetivo da política pública, ou seja, permitir o acesso da população de menor renda.