É erro divulgar que águas das praias de São Luís estão poluídas, na verdade estão poluídas e contaminadas

Poluição é diferente de contaminação; águas naturais de São Luís estão nas duas situações

É comum nos meios de comunicações do estado, observar que jornalistas e membros da imprensa divulgam a balneabilidade das praias de São Luís, sempre relatando como poluídas, na verdade, seria “menos” impactante se as praias e o mar da Capital estivem apenas poluídos – na verdade, estão poluídos e contaminados.

A Resolução CONAMA nº 274, de 29 de novembro de 2000, trata das questões de parâmetros das águas brasileiras, considerando que a balneabilidade pode afetar a saúde e o bem-estar do ser humano, definiu que a classificação das águas doces, salobras e salinas essencial à defesa dos níveis de qualidade, devem ser avaliados por parâmetros e indicadores específicos, de modo a assegurar as condições de balneabilidade, daí percebe-se que as condições de poluição e contaminação são distintas.

A poluição pode-se, ou não, ser observada a “olho nú”, tais como embalagens plásticas, descartáveis, sofás, pneus; e micro plásticos, por exemplo.

Já a contaminação deve-se necessariamente se utilizar de equipamentos tecnológicos para se realizar uma análise físico-química e bacteriológica da água.

Em relação às aguas da Ilha do Maranhão, ambas as condições são observadas, uma vez que o descarte de resíduos é visto a todo o momento nas ruas e vias da capital. Esgotos estourados lançando efluentes diretos em rios e mares, resíduos de toda a espécie são encontrados nas vias de São Luís e durante o período chuvoso, toda a “descarga” é carreada para os rios, lagos, estuários e mar.

Portanto, é correto afirmar que as águas naturais da Ilha do Maranhão estão todas impróprias ao banho, sejam, doce, salobra ou salgada, estão poluídas e contaminadas.

Leia mais:

O Artigo primeiro, da Resolução supracitada, afirma que são adotadas  as seguintes definições na balneabilidade de águas:

a) águas doces: águas com salinidade igual ou inferior a 0,50%o;

b) águas salobras: águas com salinidade compreendida entre 0,50%o e 30%o;

c) águas salinas: águas com salinidade igual ou superior a 30%o;

d) coliformes fecais (termotolerantes): bactérias pertencentes ao grupo dos coliformes totais caracterizadas pela presença da enzima ß-galactosidade e pela capacidade de fermentar a lactose com produção de gás em 24 horas à temperatura de 44-45°C em meios contendo sais biliares ou outros agentes tenso-ativos com propriedades inibidoras semelhantes. Além de presentes em fezes humanas e de animais podem, também, ser encontradas em solos, plantas ou quaisquer efluentes contendo matéria orgânica;

e) Escherichia coli: bactéria pertencente à família Enterobacteriaceae, caracterizada pela presença das enzimas ß-galactosidade e ß-glicuronidase. Cresce em meio complexo a 44-45°C, fermenta lactose e manitol com produção de ácido e gás e produz indol a partir do aminoácido triptofano. A Escherichia coli é abundante em fezes humanas e de animais, tendo, somente, sido encontrada em esgotos, efluentes, águas naturais e solos que tenham recebido contaminação fecal recente;

f) Enterococos: bactérias do grupo dos estreptococos fecais, pertencentes ao gênero Enterococcus (previamente considerado estreptococos do grupo D), o qual se caracteriza pela alta tolerância às condições adversas de crescimento, tais como: capacidade de crescer na presença de 6,5% de cloreto de sódio, a pH 9,6 e nas temperaturas de 10° e 45°C. A maioria das espécies dos Enterococcus são de origem fecal humana, embora possam ser isolados de fezes de animais;

g) floração: proliferação excessiva de microorganismos aquáticos, principalmente algas, com predominância de uma espécie, decorrente do aparecimento de condições ambientais favoráveis, podendo causar mudança na coloração da água e/ou formação de uma camada espessa na superfície;

h) isóbata: linha que une pontos de igual profundidade.

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