Braide mostra despreparo, desespero e desconhecimento do Sistema de Transportes Coletivo da Capital – propostas de colocar veículos por app’s virou piada (folclórica), e pode inclusive, configurar como Crime de Responsabilidade por parte do prefeito
O prefeito de São Luís, Eduardo Braide, em meio à quinta grave greve do transporte público sobre a sua gestão, que paralisou a cidade nesta segunda-feira (17), fez graves acusações tanto contra os trabalhadores rodoviários quanto contra os empresários do setor. Sua postura, no entanto, revela uma estratégia política que mais busca desviar a atenção dos verdadeiros problemas estruturais do transporte coletivo do que resolver a crise de forma efetiva.
Braide atribui a greve aos empresários, afirmando que a paralisação é uma manobra para pressionar a Prefeitura a autorizar um reajuste abusivo nas tarifas, que passariam de R$ 4,50 para R$ 7,00 o que é uma MENTIRA, uma vez que este valor (corresponde à Tarifa de Remuneração), a bem da VERDADE, se a prefeitura fizesse o controle de estudos técnicos da Fórmula Paramétrica tal qual preveem a Lei 3430/96 e os próprios quatro contratos do processo de licitação do transporte público de São Luís, ele saberia contrapor os empresários e os rodoviários por meio de estudos técnicos da Tarifa. Ao pé da letra, ao invés de contrapor o Sistema de transporte com números, Braide usou pedras e tacapes, da forma mais rudimentar possível.
Braide acusa que os empresários usam os trabalhadores como instrumento para chantagear a sua gestão, enquanto recebem subsídios milionários sem melhorar a qualidade do serviço. Em 2024, por exemplo, a Prefeitura repassou R$ 90 milhões em subsídios, mas, segundo Braide, não houve avanços significativos no sistema de transporte, e durante o ano inteiro o prefeito não fez uma intervenção, muito pelo contrário, gastou dinheiro público para fazer propagando inclusive eleitoral, que estava melhorando o Sistema com ônibus novos e com ar-condicionado. Ao culpar os empresários, Braide ignora sua própria responsabilidade como gestor público, uma vez que, em quatro anos de mandato, embora tenha feito promessas, ele não promoveu reformas estruturais no sistema de transporte, nem abriu novas licitações para substituir as empresas que, segundo ele, prestam um serviço precário. A solução apresentada agora — pagar corridas de aplicativos com dinheiro público — é claramente paliativa e não ataca a raiz do problema. Além disso, essa proposta mais folclórica da história advinda por um prefeito, em querer pagar e autorizar corridas por aplicativos (sendo que o próprio Tribunal de Justiça do Maranhão) já julgou que este sistema de corridas por aplicativos é ilegal no Maranhão, soa como uma espécie de desconhecimento total de tudo. Primeiro que não há veículos e motoristas em quantidade e muito menos legalidade para se contratar este tipo de serviço para atuar no transporte público coletivo; segundo que não haveria tempo hábil para se cadastrar passageiros e critérios técnicos para o uso – o que acarretaria certamente num grave flagrante de Crime de Responsabilidade e desvio de dinheiro público.
Essa medida, além de temporária, pode ser interpretada como uma jogada eleitoreira para ganhar apoio popular, sem enfrentar os desafios reais do setor.
Por outro lado, ao afirmar que a greve não é dos trabalhadores, mas sim dos empresários, Braide desconsidera as reivindicações legítimas dos rodoviários por melhores salários e condições de trabalho. Ele minimiza o papel dos trabalhadores no movimento, como se fossem meros fantoches nas mãos dos patrões. Essa narrativa desumaniza os rodoviários e ignora que eles são parte essencial do sistema de transporte, sofrendo diretamente com a precarização do serviço .
A proposta folclórica de Braide de usar o dinheiro do subsídio em aplicativos de transporte durante a greve, é INEXEQUÍVEL e engana a população, não resolve a crise crônica do transporte público em São Luís. A falta de investimentos em infraestrutura, a frota insuficiente e a má gestão do sistema são problemas que persistem há anos e exigem soluções de longo prazo, não apenas medidas populistas e mentirosas.
Totalmente fora de controle e de sí, no vídeo, Braide jogou para a plateia e no colo da Câmara de São Luís, suas responsabilidades como gestor e como homem, uma vez que nunca chegou projeto algum naquela Casa Legislativa.
EM TEMPO: ao não apresentar apresentar propostas concretas durante as negociações pré-greve, a gestão Braide revela que prefere o ataque estratégico à ação efetiva. Enquanto a população sofre com a falta de transporte, o prefeito parece mais preocupado em manter uma imagem de defensor do povo do que em implementar mudanças reais;
E MAIS: as acusações de Braide contra trabalhadores e empresários, embora possam ter um fundo de verdade, desde que ele PROVE A ACUSAÇÃO servem mais para justificar a inação de sua gestão do que para propor soluções efetivas.
PRA FECHAR: a crise do transporte público em São Luís é histórica e estrutural, e exige mais do que discursos e medidas paliativas. É preciso uma gestão eficiente, inteligente e comprometida com a transformação do sistema, algo que, Braide não demonstrou ter.