A gestão Braide sucateou o Sistema de Transporte Público Coletivo de São Luís, prejudicando trabalhadores e usuários, ao ponto de ser denunciada pela Confederação Nacional de Transportes – CNT, no STF; Rodoviários de algumas empresas estão com os salários e ticket alimentação atrasados

De acordo com um levantamento exclusivo realizado pelo Site Observatório, aponta que situação está crítica e quase que irreversível para uma nova paralisação do Sistema. Um protesto realizado na manhã de ontem, segunda-feira (10) foi apenas o estopim de uma confusão mmuito grande que está por vir. Motoristas que estavam de aviso prévio desde o último dia 31 de outubro, foram informados pelos consórcios Expresso Grapiuna e Expresso Rei de França, que não receberiam os pagamentos referentes a salários e verbas indenizatórias.
“A empresa, segundo ela, não tem os recursos para pagar as verbas trabalhistas dos trabalhadores. Inclusive também, quem está na ativa até agora não recebeu dinheiro.[…] A medida deles é só aguardar, aguardar e aguardar”, relatou o presidente do Sindicato dos Rodoviários, Marcelo Brito.
Além disso, desde o início deste ano, um fato extremamente preocupante é entrar nas discussões salariais de 2026, sem ter a convenção coletiva de 2025 assinada, uma vez que a questão está sub judice, por incompetência da gestão do prefeito Eduardo Braide, que permitiu que durante todo este ano, a população fosse servida por apenas 80% da frota em virtude do Estado de greve permanecer e estarmos sob a vigência de uma liminar.
Segundo relatos dos trabalhadores rodoviários, estava previsto no cronograma das empresas que os valores fossem efetuados ontem, segunda-feira (10). Entre os valores devidos, estão: salários, férias atrasadas, gratificações, 13° salário, ticket e vale transporte. Os trabalhadores informaram ainda que os consórcios decidiram dar um novo prazo de 7 dias para que os pagamentos fossem concretizados, o que não foi aceito pela categoria.
Um dos motoristas, que está há nove meses na empresa, falou que tem colegas com 30 anos de casa. “Se a empresa não realizar o pagamento, nós iremos realizar um novo protesto. Fomos demitidos, no entanto, estamos sem receber o que a empresa nos deve”, disse Dimmas Oliveira Pires, motorista.
Os dois consórcios são responsáveis por linhas que circulam em vários bairros da capital, como: Cohatrac, Rodoviária, São Franciso, Circular I e II , Vila Itamar Rodoviária, Angelim, Ipem-Turu, Ribeira, Ipase, Ribeira São Francisco, Alto Turu, Parque Vitória, Alvorada, Tibiri, entre outras.
Marcelo Brito informou que encaminhou um ofício, para que no prazo de 72 horas, a contar de ontem, segunda-feira, para que haja uma solução da situação. Caso contrário os rodoviários cruzarão os braços e paralisarão totalmente seus serviços. “Nós do sindicato somos obrigados a mandar um ofício de 72 horas para comunicar à empresa para ter responsabilidade com os usuários”, disse Marcelo
EM TEMPO: especialistas em direito trabalhista alertam que a situação configura uma grave violação dos contratos de trabalho. O não pagamento salarial é uma das mais sérias infrações por parte do empregador. Os trabalhadores têm não apenas o direito de paralisar suas atividades, como também de exigir, na Justiça, indenizações por danos morais coletivos.




