Cura: EUA descobrem Antiviral contra a Covid-19

O Remdesivir é o primeiro medicamento com benefício comprovado contra a doença

WASHINGTON – O medicamento remdesivir mostrou acelerar os tempos de recuperação de pacientes com Covid-19 em um grande estudo liderado pelos EUA, tornando-se o primeiro medicamento com benefício comprovado contra a doença.

O remdesivir é um antiviral experimental de amplo espectro produzido pela farmacêutica norte-americana Gilead Sciences que foi desenvolvida para tratar o Ebola, uma febre hemorrágica viral.

Ele mostrou promessa antecipada em um estudo com primatas em 2016 e foi posteriormente lançado para um grande julgamento na República Democrática do Congo, onde foi comparado com outros três medicamentos.

Esse estudo foi concluído em 2019 quando foi descontinuado, porque não aumentou as taxas de sobrevivência tanto quanto dois medicamentos de anticorpos monoclonais, que são proteínas do sistema imunológico projetadas em laboratório. Em fevereiro, o Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas dos EUA (NIAID) anunciou que estava limpando o remdesivir para investigar o Sars-CoV-2, o patógeno que causa o Covid-19, porque havia se mostrado promissor em testes com animais contra colegas coronavírus Sars e Mers.

COMO É EFICAZ?

O NIAID anunciou os resultados dos testes que envolveram mais de 1.000 pessoas, na última quarta-feira (29), de abril, descobrindo que pacientes hospitalizados com Covid-19 com problemas respiratórios melhoraram mais rapidamente do que aqueles que receberam outro tipo de medicamento. Especificamente, os pacientes que tomaram o medicamento tiveram um tempo 31% mais rápido de recuperação.

“Embora os resultados tenham sido claramente positivos do ponto de vista estatisticamente significativo, eles foram modestos”, disse Anthony Fauci, o cientista que lidera o NIAID, disse à NBC News na quinta-feira (30).

Em outras palavras, funciona, mas não é uma cura milagrosa.

Os resultados sugeridos para o remdesivir podem diminuir as taxas de mortalidade – de 11,7% para 8,0%, mas esses dados são considerados menos confiáveis ​​porque estavam acima do ponto de corte da significância estatística.

Os resultados do estudo liderado pelos EUA foram anunciados no mesmo dia em que os resultados de um estudo menor foram publicados no The Lancet, que não encontrou nenhum benefício estatístico com o remdesivir. Este estudo envolveu pouco mais de 200 pessoas em Wuhan, China, e também foi um estudo controlado randomizado – considerado o padrão-ouro para avaliar tratamentos.

QUANDO PODE ESTAR DISPONÍVEL?

O remdesivir já foi administrado a pacientes em todo o mundo, tanto em ensaios clínicos quanto externos, com o laboratório Gilead respondendo a “pedidos de uso compassivo” para acesso de emergência.

Nos Estados Unidos, espera-se que a Administração de Alimentos e Medicamentos (FDA) emita uma “autorização de uso emergencial” que amplie ainda mais seu uso, antes de sua aprovação formal.

“Eu estava conversando com o comissário do FDA ontem à noite, ontem à noite, e ele está se movendo muito rapidamente”, disse Fauci na quinta-feira (30).

“Eles ainda não tomaram uma decisão final, não a anunciaram, mas eu projetaria que veremos isso razoavelmente em breve”.

The Straits Times

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Jadson Pires é o editor do Observatório da Blogosfera, onde se dedica à criação e edição de conteúdos relevantes e informativos, voltados para o público digital.

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