Prazo inicial para conclusão do inquérito era de 30 dias, mas até agora não foi concluído
Passados mais de quatro meses após o incêndio em telhado, que se alastrou para um cinema da rede Cinesystem no Rio Anil Shopping, em São Luís, as investigações que apuram as causas ainda não foram concluídas e o inquérito ainda não foi encaminhado à Justiça para que alguém possa ser responsabilizado. Duas pessoas morreram e pelo menos 21 ficaram feridas na tragédia. O incêndio aconteceu numa terça-feira (7), de março de 2023, por volta das 14 horas.
Por parte da Polícia Civil, o prazo inicial para conclusão do inquérito era de 30 dias, mas a Superintendência Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa (SHPP) – que apura os crimes de homicídio no caso – ainda não concluiu as investigações, que correm sob sigilo.
O Instituto de Criminalística (ICRIM) informou que o laudo pericial será enviado às autoridades, quando for concluído.
Já o Corpo de Bombeiros do Maranhão, ainda trabalha na construção do laudo técnico sobre a dinâmica do incêndio. Fontes internas apontam, inclusive, algumas dificuldades durante as investigações, como o atraso no envio de vídeos das câmeras de monitoramento em momentos antes do incêndio.
Em outra frente, o Ministério Público do Maranhão também abriu um inquérito para apurar as causas e resguardar os direitos das vítimas à reparação. O episódio é considerado o maior “acidente de consumo” no Maranhão, registrado até hoje.
“O shopping tem uma responsabilidade objetiva nesse incêndio. Outro aspecto é a aplicação de manta asfáltica, em qualquer lugar existe uma norma técnica que trata que, quando há a aplicação, ela tem que ser feita em um local evacuado. E lá o shopping, como de costume, parece que é um modus operandi dele, porque a gente já interditou esse shopping, por razões semelhantes de risco de desabamento, ele continuou funcionando e não obstante, o serviço sendo feito em cima do telhado na aplicação de manta asfáltica”, explicou Lítia Cavalcante, promotora do consumidor.
Até o presente momento a sociedade ludovicense aguarda as autoridades policiais e a conclusão do caso e as causa, parece que a promotora Lítia Cavalcanti já disse tudo sobre a tragédia.